BUBAS – Um Ponto de Vista.
Referente Audiência Pública do
dia 18 de setembro de 2019 na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, pelo Vereador
C. Fertrin.
Por
princípio Foz do Iguaçu sempre será uma área de segurança nacional. Seja por
causa das fronteiras, seja por causa do potencial energético que alimenta dois
países e os riscos, de se ter uma barragem nessas dimensões. E com barragens quero dizer também, terrenos que foram tomados à cidade,
para se criar um lago, salvo engano, mais de 40 mil pessoas foram indenizadas e desalojadas.
Essa
situação concreta de Foz do Iguaçu, de Área de Segurança Nacional, ela foi
esquecida no tempo, à propósito e temporariamente. Porque se fosse levado à
sério, não poderíamos aceitar a enorme influência do mercado chinês do país vizinho. Porque desde o começo os governos
do Brasil e Paraguai, sabiam que o
mercado chinês era para o Brasil.
O
Brasil havia perdido seu parque industrial precisamente para a China. E São
Paulo e Rio de Janeiro, tinham milhares de desempregados abonados pelas indenizações.
Este,
é um panorama reduzido de uma difícil
realidade econômica de transformação
e que irá afetar diretamente a política
e a economia na cidade de Foz do Iguaçu, pelo viés de acertos políticos
desde Curitiba e Brasília.
Neste
ponto entra a figura de D. G. da Silva e seu filho. Eles vão sair do comando da cidade para entrar outro bloco, da Frentona, cujo nome
Frentona, de fato, era uma bandeira
carregada pelo PDT, PT, PCs e Itaipu, desde Brasília.
Estes
seriam os herdeiros políticos de F.
do Iguaçu, segundo acertos desde Brasília com Lula na Presidência. O que
demonstrava também que F. do I. continuava sendo área de segurança nacional,
sem ser público.
A
questão do Bubas ela acontece em dois
momentos distintos primeiro a ocupação da parte alta e depois a parte
baixa. A parte baixa não havia sido ocupada ao-mesmo-tempo, com a parte
alta, porque era uma área originariamente lacustre,
onde foram colocados alguns caminhões de
terra para melhorar o terreno. Então havia
um acerto, havia uma intenção de
ocupação. E a colocação de terras aconteceu no governo Dobrandino.
Ali,
a parte alta do Bubas, era, digamos,
um reduto do PMDB. Digamos também que Dobrandino por um momento, tenha tentado resistir às mudanças que haviam sido acertadas
em Curitiba com R. Requião e Lula, antes
de ser presidente da república.
Logo,
Dobrandino perceberia que não tinha muito o que fazer e lhe restava eleger o
seu filho por mais quatro anos e estaria fora da política em Foz do Iguaçu.
Sâmis
fez coisas que não ficaram visíveis
como tubulações com mais de um metro
de diâmetro acompanhando o nível do rio que passa pelo conjunto habitacional
Libra. Eu vi isso. Morava no Libra.
O
Fato de Sâmis ter saído do PMDB e entrado no PSDB tão logo ele perde a
eleição para P. M. Donald, significa que não havia concordado com os mesmos
acertos com que o Pai havia concordado ou, sua ida para o PSDB, era algum tipo
de conforto [...], junto aos novos aliados
Pouca
gente sabe que Dobrandino tentou legalizar
a parte alta do Bubas. Legalizar
para que ela perdesse o caráter de <<área
de reserva>>, por estar muito próxima
à fronteira e agora [...], à atual 2ª.
ponte.
Nesse
sentido Dobrandino foi um visionário. Ele não queria ganhar dinheiro com isso,
realmente ele queria evitar problemas futuros.
Bem
esta audiência não acontece por
coincidência. Justamente nas proximidades de onde deve surgir um novo panorama social com a construção da 2ª. ponte.
Voltando.
Assim sendo, para legalizar a área, que obviamente não era para ser legalizada [...], Dobrandino contratou os serviços
da Investe Foz. Dobrandino repassou os terrenos à Investe Foz, com
valores simbólicos para aquisição legal do terreno. Entretanto, as
pessoas não entenderam a intenção,
de Dobrandino em legalizar a área e
não queriam pagar nada.
É
mais ou menos nesse período, em que ocorre um drama de deslizamento de terras em Santa Catarina e parte dessas pessoas são trazidas para a ocupação da parte baixa do Bubas, que já havia sido
aterrada [...] e <<as rãs>>,
quando de períodos húmidos estavam perdidas com os novos vizinhos e saiam da beira do pequeno rio em passeata, aos
milhares, como que reivindicado seus direitos .... Também vi, isso.
Mas
é no plano de habitação popular de Lula e P.M. Donald no seu primeiro mandato,
que as coisas se complicam formidavelmente.
É
nesse momento que há uma negociação tremenda de terrenos para construção de
casas populares. Negociação entre terrenos da prefeitura e terrenos privados. E
isso ficará mais claro somente cinco anos depois, quando em 2010 a Câmara
Municipal tem uma enxurrada de ações de troca
e vendas de terrenos entre a prefeitura e os proprietários.
E
o Bubas está fora disso. E de fato, o Bubas, com Dobrandino é quem haviam feito
o primeiro grande programa de habitação popular.
Creio,
que todo o problema do Bubas seja a sua localização.
Por uma questão de segurança nacional
por um lado, e de interesses privados e
políticos de outro [...], aquele terreno, cortado por uma avenida e equivalente a mais ou menos 8 campos de futebol, deveria ter sido
trocado por outro, da Prefeitura
[...] e este sim, vendido para a
Federação [...], o terreno da prefeitura, para construção de habitações populares
[...], e a prefeitura tomado o Bubas [...], para objetivos estratégicos. Assim
como aconteceu em vários casos. Mas, Dobrandino havia se antecipado a isso.
Creio
que pela antecipação da ocupação do
Bubas, como que, para demarcar a área – imprópria -, creio que a situação tenha
caído no esquecimento público e, aquecimento judicial e só agora retorna por
interesses evidentemente mesquinhos e, de aparência, mas, em nome do “progresso”.
Um progresso articulado em gabinetes desde muitas décadas e que não considera
as pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário